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A CORAGEM DE SER IMPERFEITO
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A CORAGEM DE SER IMPERFEITO

 

Sabe aqueles livros que mexem com a gente? Este é um daqueles que nos tiram do eixo! Permita-me começar com uma citação: “Perfeccionismo é um escudo de 20 toneladas que carregamos conosco, achando que ele nos protegerá, quando, de fato, é aquilo que realmente nos impede de sermos vistos”.


O livro A Coragem de ser imperfeito, da autora Brené Brown desmistifica o perfeccionismo e só por esse motivo já deveria estar na sua lista de compras e mais, na lista dos seus livros prediletos. Mas ele é muito mais que isso.


Descobri o livro num desses perfis literários no Instagram e não demorou para eu encomendá-lo. Comecei a lê-lo nas viagens para a faculdade. Tirando o fato de que eu parecia um chafariz chorando horrores enquanto lia, não poderia ter feito coisa melhor.


Se você se emociona fácil, compre o livro e junto uma caixa de lenços de papel. Você vai se identificar com várias daquelas páginas. Entre outras coisas, Brené Brown explica que temos sempre a impressão de que não somos bons o suficiente. E que combatemos isso, agradando todo mundo, atuando, tentando ser quem nós achamos que deveríamos ser. Além disso, costumamos falar apenas o que as pessoas querem ouvir. Dizemos sim o tempo todo, quando na verdade queremos dizer não. E isso nos deixa exaustos.


VOCÊ NÃO É O QUE PRODUZ


Outro trecho bem legal do livro é a parte em que ela explica que compartilhar alguma coisa que você criou é uma parte vulnerável, mas essencial de uma vida comprometida e plena. Ela conta que isso é viver com ousadia, “mas dependendo da maneira como a pessoa foi criada ou de como ela se relaciona com o mundo, ela consciente ou inconsciente, atrela sua autoestima à maneira como seu produto ou obra é recebido pelos outros”.
Desse jeito, se os outros gostam do que ela produz, a pessoa acha que tem valor; se não gostam, ela não tem valor. Se identificou?

 

Com isso, duas coisas podem acontecer. “Uma vez que você descobre que sua autoestima está ligada ao que você produz ou cria, é pouco provável que vá mostrar o que você fez, e, se mostrar, irá retirar uma camada mais ou mais do melhor de sua criatividade ou inovação afim de tornar a receptividade menos arriscada”.


A outra possibilidade é que se você mostrar o seu trabalho sem limitar o seu lado mais criativo e a receptividade não é das melhores, você fica arrasado. Você se fecha. “A vergonha lhe diz que você não é talentoso o bastante e que já deveria saber disso”.

A CORAGEM DE SER IMPERFEITO


LIDAR COM A VERGONHA


É claro que se arriscando mais, a chance de você passar por situações desconfortáveis aumenta. Mas para isso ela tem uma solução. São elementos para aumentar sua resiliência à vergonha.


São coisas como não nos esconder, mas compartilhar nossas experiências com alguém que tenha conquistado o direito de ouvi-las. Tem que ser alguém que goste de nós, não apesar das nossas vulnerabilidades, mas por causa delas.


Ela também orienta a conversar consigo mesmo da maneira que faria com alguém que você amasse e tivesse tentando encorajar no meio de um desastre: “Está tudo bem. Você é humano, todos nós cometemos erros. Eu o apoio”. Geralmente, durante uma crise de vergonha falamos conosco de uma maneira que nunca falaríamos com as pessoas que amamos e respeitamos.


A terceira é assumir o que aconteceu. Não enterre o episódio, nem deixe que ele o defina. Costumo dizer isso em voz alta: “Se você assumir a sua história, conseguirá escrever o final dela”.


Quando enterramos a história nos tornamos para sempre uma vítima dela. Se a assumirmos, conseguiremos narrar o seu final. Como disse Carl Jung: “eu não sou o que me acontece. Eu sou o que escolho me tornar”.


VERGONHA E GÊNERO


Brené explica como a vergonha atua de forma diferente em homens e mulheres. Neles, o medo é de não ser forte, eficiente, bem-sucedido em tudo o que fazem. Serem tachados como fracos e fracassados é um tormento.
Para nós mulheres existe um amplificador. Além de tentarmos sermos inteligentes, lindas, bem-humoradas, “é que todos esperam que nós sejamos perfeitas, e não nos é permitido nem sequer parecer que estamos trabalhando para isso”.


Outra coisa é que o livro fala sobre o valor terapêutico da escrita. Tenha diários, caderninhos e tenha a certeza que isso contribui para que você não enlouqueça nesse terremoto que é o mundo.


Vale lembrar que o livro foi escrito por uma pesquisadora. Brené Brown foi palestrante de um dos TED Talks mais vistos do Youtube, onde ela fala sobre o poder da vulnerabilidade. Se identificou com tudo isso? Se sim, então faça um favor a você, leia esse livro e se proponha a ter uma vida mais vulnerável. Dá medo, mas é divertidíssimo viver assim.

 

A CORAGEM DE SER IMPERFEITO

BRENÊ BROWN autora do livro A Coragem de Ser Imperfeito

 

DICA DA SEMANA

A dica da semana é o TED da Brené Brown. O nome do vídeo é “Brené Brown: o poder da vulnerabilidade”. Vale à pena!

 

NOTÍCIA BOA

Brasileiro com Síndrome de Down participa de reality e Doc será exibido em Gramado.
João Marcos Andrade, um jovem com síndrome de Down de 24 anos, formado em Informática, Panificação, Pizzaria e Confeitaria no SENAI faz parte do reality show Expedição 21 – nome inspirado na alteração genética do cromossomo 21, que causa a Síndrome de Down.


O programa, que reuniu 18 pessoas com essa deficiência para ficarem quatro dias em uma casa sem a presença dos pais, virou documentário e será apresentado dia 18 de julho, no Palácio dos Festivais, em Gramado. O evento pretende despertar a liderança e autoestima dos participantes.

 

 

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