(falando de tempo...)
A NATUREZA E O FOLCLORE
Quanto mais simples uma sociedade ou comunidade, principalmente do interior, mais direta é sua relação com o meio ambiente.
Na verdade, na simpliciodade do interior, o homem-folk, aprende a compreender os sinais e fenômenos da natureza, reagindo e interagindo junto às mudanças físicas e climáticas. E, assim, interpreta tais sinais em seu dia a dia, que o ajudam a se adequar ao meio em que vive.
Algumas de suas interpretações:
- As nuvens começam ficar rendadas, e o homem já sabe: “céu pedrento, chuva e vento”.
- A trovoada começa a ser formada, “nuvens pesadas, escuras no alto, rosadas na base”. Sinal de chuva de granizo e vento forte.
- Círculo grande na lua, chuva perto. Círculo pequeno, chuva longe.
- Quando ocorre grande movimentação de pássaros em bando, é sinal de mudança de estação, ou de mudança de tempo se aproximando.
- O início da floração do Ipê, está associada ao fim do inverno, por isso se diz: “Ipê floriu, inverno sumiu”.
- A fumaça do cano do fogão (para aqueles que ainda têm esse privilégio!) está saindo espalhada, não subindo reta, verifique o sal no pote da cozinha, que ele deve estar úmido. Sinal certo de chuvas prolongadas.
- Colocar uma galinha “no choco”, deve ser na minguante, para os ovos descascarem na crescente (quarto crescente), quando os pintos nascem mais fortes.
- E os cortes de cabelo, então? Lua crescente: para ganhar força; lua minguante: para crescer pouco; lua cheia: para ganhar volume; lua nova: para o cabelo ficar bonito e fortalecido.
- O abate das árvores para construir casas deve ser efetuado sempre na lua minguante, e nos meses sem “ r ”. Assim a madeira não terá cupim.
- A poda de árvores frutíferas deve ser feita na lua crescente, para ganhar força e os frutos não bicharem. Plantas como cipós e taquaras, utilizadas na confecção de cestos e balaios, corta-se na lua nova...
Em seu livro “Itapema, natureza, história e cultura”, Vilson F. Farias nos traz uma infinidade de hábitos recolhidos entre as comunidades interioranas, o que mostras a vigência do folclore em vários lugares, tal qual vemos aqui no Rio Grande do Sul...a nossa terra!
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