Por todo o Brasil, vemos manifestações populares em forma de poesias, versos espontâneos, criados ao sabor da ocasião, conforme resgatou A. Amaral em seu livro Tradições Populares:
“Tenho meu pandeiro novo, / de couro de tamanduá;
quem toca no meu pandeiro / tem vontade de cantá”. (Tietê).
“Vancê me mandou cantar / pensando que eu não sabia;
eu não sou como o caboclo, / que quando não canta assobia”. (Monte Alto).
“Eu queria ser peneira, / na colheita do café,
para andar dependurado / na cintura das mulé”. (Tremenbé).
“Eu tenho minha casinha / amarrada de cipó.
Seu café está demorando, / é sinal que não tem pó”. (S. J. do Rio Pardo).
“A cachaça é minha parente, / o vinho é meu irmão;
não há fandango nenhum / que meus parentes não vão”. (Tietê).
“Ó senhor dono da casa,
cabeça de jacutinga,
pramor de Deus eu lhe peço
que corra aqui c’uma pinga”. (Barueri).
“Recortado, recortado, / como a folha da mamona;
verso que vancê cantou / eu carrego na patrona”. (Os Caboclos).
“Valha-me Nossa Senhora / Santo Antonio de Nazaré;
a vaca mansa dá leite, / a braba dá quando qué”. (S.J. Rio Pardo).
Através de versos simples como estes, do homem do interior, vemos muitos com “parecença” daqueles cantados na “meia-canha” aqui no Rio Grande do Sul... a nossa terra!
Da sapiência dos almanaques: Nós mesmos somos os “artífices” da nossa felicidade!
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