É muito marcante, a religiosidade popular do açoriano que veio povoar estas plagas. Seus descendentes, em sua maioria, ainda confirmam essa disposição religiosa, como bem citou o Sacerdote Leo Pedro Schneider, em seu trabalho “A Contribuição Açoriana Para a Formação do RS” (Santo Antônio da Patrulha, Re-Conhecendo Sua História)...

Os descendentes dos açorianos ainda trazem, no seu dia a dia as tradições religiosas e uma profunda e admirável familiaridade com os santos. Prova disso, são os inúmeros templos erguidos em suas homenagens que, se erguidos muitas vezes por nobres famílias ou até mesmo pelo poder público, havia ainda assim a participação do povo com suas ofertas.

Essa dedicação à religião, bem explica as conclusões do Sacerdote Leo com relação às suas pesquisas. Conforme suas palavras: “... em suas fontes, a religiosidade popular açoriana vem marcada pela oficial de antanho a qual usava, precipuamente, de dois meios de ação, administração do pasto espiritual ou seja os sacramentos e a celebração popular das festas litúrgicas. Os livros de batismo são o melhor atestado da primeira assertiva. É deveras difícil alguém não ser batizado. Ninguém pode ser pagão.

Outro testemunho da administração dos sacramentos e da seriedade com que esse assunto era encarado são os volumosos e preciosos processos de casamento e as listas de confessados existentes no arquivo da Cúria”.
Apesar da velocidade exigida nos dias de hoje de todos nós, a mudança geral dos instrumentos da civilização, da industrialização, da urbanização, dos meios de comunicação social e do consequente desaparecimento das antigas tradições, ainda hoje percebe-se tradições populares cultivadas pelo luso-brasileiro, quais sejam:

Natal

Semana Santa

Divino

Orago do lugar

Culto aos Mortos

Tudo isso, e muito mais veremos, de tempos em tempos neste espaço, numa demonstração de veneração às antigas tradições ainda vigentes no Rio Grande do Sul... a nossa terra!