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ANDRÉ E O SONHO DE METAL
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ANDRÉ E O SONHO DE METAL

ANDRÉ E O SONHO DE METAL

O canelense André Goettert (35) é gerente administrativo-financeiro de um local que materializa uma paixão de muita gente. Na estrada Canela-Gramado, são mais de 200 mil visitantes por ano que entram lá para ver... carros. Só isso? Não. Se só admirar a coleção do salão onde ele trabalha há nove anos já é uma injeção de adrenalina em quem curte automóveis de alto desempenho, imagine pilotá-los – esse termo seria o mais adequado, porém restrito à velocidade permitida na nossa rodovia. Para contar um pouco mais da magia que sempre envolveu essa relação homem-máquina-velocidade, fomos conversar não com o André hoje gerente, mas com o André que por muitos anos foi instrutor na Drive Experience do Super Carros.

Os instrutores do Salão (em número de 12, atualmente) são os acompanhantes das pessoas que alugam os veículos para dar uma volta. Eles partem do local dirigindo e dando as dicas de condução para, depois, o aspirante a realizar o sonho assumir o volante. Em muitos anos nessa função – hoje, se necessário ele ainda a pratica - Goettert acompanhou milhares de motoristas, homens e mulheres, dos muitos jovens aos bem idosos. “Vi muitas vezes o condutor chorar”, diz André, que lembra de alguns episódios emblemáticos, como o da senhora “de 75 anos ou mais”, excelente motorista, que matou a antiga vontade de dirigir um daqueles bólidos, automático. Com direito aos aplausos da família quando desceu do carro. Falando de condutoras, André lembra de uma vez em que teve que ser instrutor e psicólogo, para acalmar uma mulher cujo nervosismo, ainda maior que a felicidade de dirigir um carrão daqueles, a fez bloquear. Depois de acalmá-la, ela fez o percurso. E há os aficionados conhecedores de carros com desejos específicos, como um paulista que veio ao Salão na quarta, 26 de janeiro, especialmente para dirigir a rara Lamborghini Gallardo com câmbio manual. Pagou os R$ 1.280,00 e saiu feliz. Mas não pensem que todas as opções do menu das super máquinas são de preço salgado, tem “pratos” interessantes a partir de R$ 170, como dirigir um Porsche Cayman.

Perguntado se as pessoas não se frustam por não poderem pisar fundo e atingir velocidade alta, pois se trata de uma rodovia e não pista de corrida, André explica que a experiência é gratificante na medida em que a grande sensação do passeio é sentir a potência dos carros para vencer a inércia, ou seja, a rapidez com que eles aceleram de 10 a 60 ou 70 km. “A gente não promete o que não está autorizado, por lei, a fazer”, diz ele, “mas todo mundo sai satisfeito”.

Agentes para a concretização dos sonhos, os instrutores do Super Carros são uma turma de apaixonados pelo que fazem. A começar por André, que abandonou a Informática para trabalhar naquele templo de carros exclusivos, onde começou fazendo extras em fins de semanas. E ele cita exemplos marcantes, como o do colega Bruno Aguirre, um ex-frequentador que muitas vezes investiu em Drive Experiences com o que guardava do salário e das férias. Bruno acabou largando o Banrisul em Porto Alegre e veio morar em Canela para trabalhar no Salão. Entre os instrutores tem também um ex-bombeiro de Santa Catarina que veio de mala e cuia e há um emprego prometido para uma pessoa muito especial. Rafa é um menino de 12 anos que a família traz de São Paulo para o Super Carros, duas ou três vezes por ano, pelo fato de essa visita trazer grandes benefícios ao menino que tem pequenos problemas cognitivos. “Ele chega aqui e é só felicidade”, diz André. “O Rafa adora os automóveis, interage com todos nós, veste o nosso uniforme... já falamos para a família que no futuro, se ele quiser pode vir trabalhar aqui”. São muitas as histórias que ainda serão contadas por André naquele lugar que também tem espaço para a grande máquina que é o coração.

ANDRÉ E O SONHO DE METAL

André e a McLaren, última aquisição do Salão (só há quatro exemplares no Brasil). É o passeio mais caro.

Foto: Claiton Saul


UM POUCO DA ANTÁRTICA NO NOSSO VERÃO

Dica que já havíamos dado no ano passado, reforçamos agora porque o prazo de encerramento foi prorrogado até 31 de março. Estamos falando da exposição Da Floresta ao Deserto de Gelo - Pesquisas Geológicas na Antártica, que rola no Geo Museu, na estrada Canela-Gramado. O programa proporciona experiências reais com a montagem de um acampamento com itens utilizados em expedições do Programa Antártico Brasileiro. Tem barracas, bandeiras do Brasil desgastadas pelo clima da Antártica e equipamentos utilizados pelos pesquisadores. Você verá materiais fósseis de animais, plantas e rochas trazidos do Continente Antártico. São dezenas de amostras (umas com mais de 50 milhões de anos) e tem exposição fotográfica do renomado fotógrafo paulista Edson Vandeira. Completam a exposição mapas antigos, documentos e equipamentos dos profissionais de Geologia da Unisinos. Para finalizar, outra boa notícia: canelenses e gramadenses têm entrada gratuita. Com o perdão da brincadeira, essa exposição até lembra uma válvula de escape ao calor senegalesco desse verão. Aberta das 9h às 17h, menos nas quartas.

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Foto: Divulgação

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