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AS LENDAS E OS MITOS NO RS
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AS LENDAS E OS MITOS NO RS

AS LENDAS E OS MITOS NO RS
(Em nome da história...)

João Ribeiro, em “O Folclore” (Organização Simões Editora – Rio de Janeiro, 1969. 1ª Ed. de 1919) diz que “a palavra folclore apareceu pela primeira vez no ‘Athenaeum’ de 22.08.1846, sob a assinatura de Ambrose Merton (pseudônimo de William John Thoms). Tinha o sentido de traditions populares, tradizione popolars e Volkskunde.
Folclore ou Volkskunde significa mais ou menos a ‘ciência’ ou o ‘saber popular’....

Já Luís da Câmara Cascudo em “Seis Mitos Gaúchos” (Anais do III Congresso Sul-Rio-Grandense de História e Geografia – Vol. 4º, pág. 2.275 – 1940), fala que “os materiais do folclore gaúcho são, evidentemente, os mitos da indiaria; dos ilhéus, dos espanhóis. Segundamente, dos negros, em menor proporção, e dos mamelucos mestiços”.

E, conforme Dante de Laytano – “Folclore do RS – Costumes e Tradições Gaúchas” (Ed. Martins Livreiro, POA - 1984), “as lendas no RS, parecem caber dentro de diversos ciclos, como os seguintes:
Ciclo do Cavalo, do Ouro, da Religião, das Águas, do Índio, do Negro, da Natureza, das Plantas, Árvores e Flores, dos Animais, Aves e Pássaros...”.

E, deste último grupo, destaca-se a lenda abaixo:
João-de-barro
Lenda gaúcha, para salientar um símbolo da vida doméstica. Teschauer, na “Avifauna e Flora nos Costumes, Superstições e Lendas Brasileiras e Americanas” a recolhe e estuda. João de Barro não trabalha aos domingos, tem a porta da casa para o oriente e o interior obedece a planos de conforto.
“Entre os índios, era costume ter que passar por diversas provas o moço que pretendesse desposar alguma virgem da tribo.
Jaebé, filho de um velho caçador, submete-se a essas provas, e, saindo vitorioso nas primeiras, candidata-se à última, a mais difícil, que consistia em passar nove dias em jejum. Para maior facilidade aos julgadores, envolveram seu corpo com um manto de couro. Findo o período e aberto o invólucro, viram com espanto que Jaebé, ao contato com o ar, transformou-se, aos poucos, até tomar a forma de um pássaro, o “Hogaraitay” (João-de-Barro), que voou pelos bosques, exclamando com vigor: Sou filho dos bosques e canto o hino ao trabalho. Naquele instante, sua noiva também se transforma, acompanhando-o pelos ares”.

O João-de-Barro é ave-símbolo da Argentina, onde é conhecido por “hornero” e é tido como a Ave da Pátria.
Aqui, uma quadrinha popular gaúcha, canta:
“João-de-Barro, quando canta, / no inverno ou no verão,
é sinal, é sinal de tempo bom...”.
E é ele, o João-de-Barro, – juntamente com o quero-quero – um dos pássaros mais populares e respeitados do Rio Grande do Sul... a nossa terra!

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