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Brasileirismos
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Brasileirismos

Em seu livro “Miçangas” (Editora Cátedra – MEC – 1977) de Afrânio Peixoto, encontramos os “Adágios Brasileiros”, onde vemos alguns exemplos sobre meteorologia e agricultura...
- Guariba (macaco) na Serra é chuva na terra: alusivo ao ronco forte desses macacos, quando ameaça mudança de tempo.
- Neblina na baixa, sol que racha. Entre nós (no Sul) temos: cerração baixa, sol que racha.
- As épocas de plantio e colheita: em São José (19 de março), milho no chão; para ser colhido no São João (24 de junho).
- Sobre a colheita do milho: do pendão ao grão, trinta dias se vão.
- Previsões sábias: Lua Nova trovejada, três dias de molhada; se no quarto continua, chove por toda a lua.
Outros, relacionados ao assunto:
- Espirro de bode, sinal de chuva.
Chuva não quebra osso.
- Em fevereiro, foice ou fumeiro
- Vento Norte ao meio dia, sol ao outro dia.
- Céu “pedrento”, chuva e vento.
- Muita formiga em alvoroço, num “vai-vem” sem fim, previsão de muita chuva.
- Fumaça da chaminé subindo livre, é sinal de tempo bom.
- Vento Norte “chegando quieto” e aumentando, sinal de muita chuva dali a três dias.

Assim, uma infinidade de expressões, do tipo Baiano, o burro, nasceu morto; Sergipano, nem a remo nem a pano; Pernambucano, um por ano; Mineiro, nem a prazo nem a dinheiro; Capixaba, começa não acaba; Paulista, ou fiado ou à vista; Gaúcho, só com faca no bucho...
Manifestações que reforçam a rica e diversa sabedoria popular como, vale lembrar, a que temos aqui no Rio Grande do Sul... a nossa terra!
Da sabedoria dos almanaques: Sinal de alerta em família... “quanto mais acariciamos, menos protegemos”.

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