COSTUMES E TRADIÇÕES DE FAMÍLIA
(abrindo baús...)
Cada família do interior, independentemente da origem, traz um legado, uma maneira de ser os quais, não raro, têm grande semelhança entre uma família e outra.
No livro “Raízes de Ipê” (Rigo, Justina; Cecatto, Rita; Barroso, Véra L. Maciel - Evangraf/2012) encontramos o relato de Terezinha S. Dalagnol, sobre a sua infância e a rotina em sua casa...
Em casa:
“....... na casa de meus pais a vida nunca foi fácil, pois as condições financeiras não eram as das melhores. Porém, eles trabalhavam e se esforçavam para que não faltasse o essencial e necessário para o bem estar da família. Sempre nos incentivaram a estudar, dando apoio e aconselhando-nos que seria o melhor caminho......”.
As comidas:
“........ havia fartura de comida, não faltava a cesta de pão no porão, os salames e os barris de vinho. Criavam galinhas, plantavam batata, arroz, feijão, abóboras, melancias, melões, amendoim, criavam abelhas e com o mel faziam puxa-puxa, pé-de-moleque, etc. As tias faziam bolos, pudins (para os domingos) e biscoitos. Para o lanche da tarde a nona fazia bolinhos fritos e alguém leva ia levar para as pessoas que estavam trabalhando na roça. Era costume fazer a polenta para o almoço e para a janta a sopa de feijão......... Todo alimento era produzido na colônia mesmo. Compravam apenas açúcar, sal, canela, cravo, sal amoníaco, fermento............ E assim usavam a criatividade inventando receitas com os produtos que estavam ao seu alcance, preparando pratos deliciosos e muito saudáveis”.
A festa de Natal – a espera do Papai Noel:
“A festa de Natal era esperada com muita ansiedade. Minha mãe Irene, nunca deixava em branco essa data, preparando sempre para nós alguma surpresa legal. Separava alguns frangos caipiras para a engorda, depois os levava até a Vila a cavalo para serem vendidos. Com o dinheiro arrecadado comprava uma lembrancinha para cada filho: roupas, chinelos, brinquedos para os meninos e bijuterias para as meninas. E mais doces é claro, beijo-de-moça, Papai Noel de merengue, embrulhado com papel celofane........Para esperar o Natal, nunca deixávamos de fazer o presépio e o pinheirinho, usava-se barba-de-pau, santinhos, bolinhas feitas com papel de bala.................”.
Cena comum nas colônias do interior do Rio Grande do Sul... a nossa terra!
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