Em todas as regiões (do Brasil e do mundo), existem os pratos típicos, muitos deles, como no nosso caso, não encontrados em outras partes, residindo daí, nesses fatores quase endêmicos, sua importância para a historiografia...

Alguns exemplos:

Trigo com charque

Ingredientes:

250g de trigo em grão, 250g de charque, 4 colheres (sopa) de óleo, 3 cebolas picadas, 4 tomates (sem pele, nem sementes) picados, tempero verde à vontade.

Modo de fazer:

Deixar o trigo de molho na véspera e dessalgar o charque, se necessário. Cozinhar o trigo na água em que ficou de molho. Após o cozimento, retirar do fogo. Fritar o charque picado, juntamente com a cebola, o tomate e o tempero verde. Escorrer a água do trigo e juntar tudo em uma só panela. Servir bem quente. Quantidade aproximada, 4 pessoas.

Quibebe

(ao amigo Rudimar, cozinheiro ali no Garfo e Bombacha)

Ingredientes:

1kg de abóbora-menina (aquela de pescoço), descascada e cortada em cubos, 30ml de óleo, 12 molho de tempero verde picado, 1 dente de alho, 100g de farinha de milho (média), 200ml de água, 1 pitada de açúcar, sal a gosto.

Modo de fazer:

Frite o alho no óleo e acrescente a abóbora. Coloque a água, o sal e o açúcar, deixando cozinhar até desmanchar a abóbora. Engrosse com a farinha de milho. Manoteie com a canhota um punhado de tempero verde, e está pronto. Sugestão: fazer uma parelha com bife acebolado. Pode até servir um arroz branco. Acompanha um bom vinho colorado. Quantidade: 6 pessoas.

Vai aqui um parêntese: nós (a Solange e eu), quando vamos a Rio Pardo, uma casal amigo nosso já espera com um quibebe acompanhado de bife de fígado (acebolado). É de dar laçaço!!!

A culinária gaúcha, como gostamos de dizer, é uma culinária única, contada e cantada em prosa e verso, por esse mundão de Deus. Vale lembrar que ela, a nossa “bóia campeira” e sua história, confunde-se com a própria história do Rio Grande do Sul... a nossa terra!

Da sapiência dos almanaques: Quanto mais pobre a aldeia, mais enfeitado, o cacique!