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Dias Melhores pra Sempre
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Dias Melhores pra Sempre

 

Quando surgiu toda essa situação causada pelo Coronavírus eu pensei que estaria tranquilo para escrever a coluna do mês. Teria muito assunto. Mas analisando friamente o tempo a mais que tive para pensar não me trouxe clareza ou sequer lucidez para fazer um texto sobre tudo o que penso sobre essa pandemia, suas consequências e a atitude das pessoas em relação a ela.
Por outro lado também tive bastante tempo para pensar nas pessoas, no que elas representam a mim e o que essa quarentena forçada está me mostrando sobre a vida em sociedade. Minha última reunião de amigos foi no Gre-Nal da Libertadores, meu último churrasco em família tinha sido dias antes. O programa que participo na rádio parou há três semanas, um dos meus restaurantes fechou há 15 dias e outro trabalha com 30% da capacidade apenas para delivery.
No meio disso tudo fiz aniversário e pela primeira vez não pude receber beijo e abraço dos meus pais. Serviu de lição, por todas as vezes que eu “não tive tempo” de passar na casa deles para ver como estavam e dar exatamente um beijo e um abraço em cada um. Tenho certeza que ainda poderei fazer isso por muito tempo, mas me questiono sobre tudo o que fiz pela última vez e acabei deixando pra trás.
Como não notei que aquela pelada jogada no campo do marista tinha sido a última? E os três dentro e três fora como que nunca mais joguei? E aquele torneio de 66 com galeto e caixa de Polar na casa do tio Soli: por que não teve evento de despedida? Quem decidiu que a turma que se reunia para tomar uma cerveja sextas à tardinha não poderia mais fazer isso?
Quando joguei a última vez futebol de botão, eu sabia que era a partida derradeira? Quando decidimos que o carnaval de Gramado e Canela deveria praticamente acabar? Os hábitos mudam, as pessoas idem. Tive melhores amigos de infância que mal me cumprimentam assim como tenho grandes amigos que surgiram há pouco tempo, o que não deve diminuir a importância de um ou outro.
Que esse isolamento forçado nos mostre que nem só de celular e redes sociais vivem as relações humanas. Eles seguirão sendo importantes, mas que a gente não perca o bom hábito de nos reunirmos com quem gostamos e, principalmente, que a gente tenha oportunidades de retomar alguns bons prazeres que lá atrás deixamos de ter. Que nos dias que virão a gente valorize mais o que temos e até o que tivemos. Tenho certeza que sairemos melhores disso tudo.
Como diria Flausino: “Dias que não deixaremos para trás”.

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