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UNIÃO PELA VOLTA DOS ESPETÁCULOS
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UNIÃO PELA VOLTA DOS ESPETÁCULOS

UNIÃO PELA VOLTA DOS ESPETÁCULOS

SHOWS DE PROJEÇÃO MAPEADA

Os espetáculos com projeções mapeadas que ocorriam diariamente junto a fachada da Igreja Nossa Senhora de Lourdes, também conhecida como Catedral de Pedra, davam ainda mais brilho ao Sonho de Natal e, mesmo quando ocorriam fora do período da festividade, tornaram-se um atrativo permanente, proporcionando entretenimento e repercutindo no comércio.
As projeções eram contratadas pela Secretaria Municipal de Turismo e Cultura, mas a pasta foi um dos principais alvos da ofensiva que apura a prática de possíveis atos de corrupção na esfera pública municipal. Indícios de irregularidades estão sendo apurados pela Polícia Civil, Ministério Público e Poder Judiciário no âmbito da Operação Cáritas. A continuidade dos shows foi interrompida devido ao suposto envolvimento das empresas que executavam os espetáculos em fatos ilícitos que lesaram o erário público.
Na prática, o sucesso dos espetáculos contribuía para o fortalecimento da economia local, além de proporcionar uma experiência turística diferenciada, onde diariamente um grande público concentrava-se em frente à Catedral para acompanhar os shows de luzes, que dentro da programação do Sonho de Natal também incluía descidas de rapel do Papai Noel e seus ajudantes do alto da torre do templo religioso.
Para manter o atrativo, a Prefeitura, por meio da Secretaria de Turismo e Cultura, e a Associação Comercial e Industrial de Canela (ACIC), estão mobilizadas para reativar os shows. O futuro dos espetáculos esbarra inicialmente em um imbróglio que envolve decisões da Mitra Diocesana de Novo Hamburgo, entidade responsável pela administração da Paróquia da Igreja Nossa Senhora de Lourdes, e questões legais. Até que definições ocorram apenas a iluminação da Catedral como atração fixa está confirmada, mas está é de responsabilidade da Diocese de NH e não do Executivo municipal.
Em razão de recentes fatos que geraram ações policiais e judiciais por parte da Operação Cáritas, a paróquia aguarda que o parque temático que doou a iluminação para a entidade religiosa envie documento comprobatório sobre o repasse.
Por outro lado, há indefinição sobre os rumos dos shows, mas a tendência é de que a ACIC assuma a gestão dos novos espetáculos de som, luzes e projeções em substituição as atrações com as mesmas características que eram realizadas anteriormente no largo e fachada da Catedral. “A Secretaria Municipal de Turismo e Cultura, juntamente com a ACIC e Paróquia Nossa Senhora de Lourdes, estão trabalhando para reformular novos espetáculos de som, luz e projeção”, afirma o secretário adjunto de Turismo, Wesley Mattos. “Não temos como manter os espetáculos de antes porque eles têm direitos autorais”, observa. Mattos ressalta que alternativas estão sendo analisadas, uma vez que, o criador dos espetáculos com projeções, é réu em ações judiciais que contestam a propriedade dos projetores e outros equipamentos. Por isso, a contratação do profissional é inviável juridicamente para dar seguimento aos espetáculos.
“Estamos buscando caminhos jurídicos. A medida mais apropriada para o momento pode ser a abertura de licitação, chamamento público para a criação e execução de novos espetáculos”, afirma o adjunto. Outra possibilidade, conforme o adjunto, é de que a ACIC assuma a gestão dos novos espetáculos. Segundo Mattos, dependendo do ritmo imposto pela burocracia nestas questões, em pouco tempo, os shows de luzes em frente a Catedral de Pedra deverão ser retomados. “Tudo depende da burocracia. Se tudo ocorrer bem, talvez na Páscoa tenhamos novas projeções”, acredita Mattos.

 

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SHOWS de projeção mapeada na Catedral não ocorrem desde o encerramento do Sonho de Natal
Foto: Cleiton Thiele/Arquivo


PROJETORES AGORA PERTENCEM AO PATRIMÔNIO PÚBLICO

O delegado de Canela, Vladimir Medeiros, responsável pela Operação Cáritas, destaca que uma das medidas adotadas foi a apreensão dos projetores utilizados nos espetáculos da Catedral e a imediata entrega para a Secretaria de Turismo e Cultura. “Hoje, os aparelhos estão devidamente em posse do Poder Público. Fizemos de maneira que não fosse atrapalhar a manutenção dos espetáculos. Os projetores permaneceram instalados no mesmo local”, frisa Medeiros.
Conforme o delegado, os projetores foram doados por uma cooperativa. No entanto, não foram incorporados ao patrimônio público. “Os aparelhos foram para o patrimônio de uma das empresas investigadas. Depois da 10ª fase da operação, começamos a fazer diligências. Com a apreensão dos projetores, conseguimos dar a destinação correta para o uso da comunidade”, diz.
Medeiros salienta, ainda, que o pedido de doação para a cooperativa foi feito em nome da Prefeitura de Canela pela Secretaria de Turismo. “Quando fez a doação, a cooperativa acreditou que era para a comunidade. No entanto, por manobras ilegais do grupo investigado, o bem, que está avaliado em quase R$ 300 mil, foi para o patrimônio particular”, pondera.
Para o delegado, a posse dos projetores por uma empresa privada contou com participação ativa e direta de ex-servidores do primeiro escalão do Turismo. “Não podemos aceitar que uma das mais importantes atrações da cidade fique nas mãos de dois ou três amigos de quem manda”, alerta a autoridade policial.

DEVOLVER AO PATROCINADOR

Por determinação judicial, os aparelhos estão sob a guarda da Secretaria de Turismo, passando a integrar provisoriamente o patrimônio público do município. Dependendo dos rumos que as ações judiciais que envolvem o uso e propriedade dos projetores, eles poderão ser até mesmo devolvidos a instituição bancária que subsidiou a aquisição dos equipamentos como forma de patrocínio dos espetáculos.


ACIC AGUARDA DEFINIÇÃO JURÍDICA PARA AGIR

No comando da ACIC desde o início do ano, o empresário Maurício Boniatti destaca que a entidade está atuando em conjunto com o paço municipal para viabilizar o retorno dos shows. “Estamos dando apoio a Secretaria de Turismo para entender de que maneira os espetáculos podem voltar a acontecer”, resume Boniatti. “Consideramos esses espetáculos muito importantes para a economia da cidade, visto que eles trouxeram vida para o entorno da Igreja à noite, o que é muito importante. Estabelecimentos ao redor da igreja estão faturando mais. O turista circula mais por ali e isso é muito importante para a cidade”, comenta.
Boniatti cita o impasse jurídico sobre os equipamentos de projeção e iluminação que faziam parte dos shows como entraves para que a entidade possa avançar na busca de soluções para o problema. “Estamos empenhados no máximo para fazer com que os shows voltem a acontecer. O principal motivo pelo qual não colocamos a mão na massa são essas questões legais que envolvem os equipamentos. Não vamos tomar nenhuma atitude sem que essas questões estejam 100% solucionadas, sem as autoridades nos darem certeza de que não teremos nenhum problema futuro. Nosso objetivo maior enquanto entidade é fomentar a economia, o turismo e o comércio. A entidade tem uma história a zelar e não podemos correr nenhum risco sem que esteja resolvida legalmente a situação dos equipamentos, tanto os de projeção como os de iluminação da igreja, que fazem parte dos espetáculos”, conclui Boniatti.

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