1º DE MAIO
TRABALHADORES APAIXONADOS POR SUAS PROFISSÕES
Na segunda-feira, 1º de maio, mais de 80 países, entre eles, o Brasil irá comemorar o Dia do Trabalhador. A data foi instituída em comemoração as conquistas de todos os trabalhadores. O Dia do Trabalhador nasceu em 1º de maio de 1986, quando operários da cidade de Chicago, nos Estados Unidos, entraram em greve para reivindicar melhores condições de trabalho.
Com o passar do tempo, muitas profissões tornaram-se tradicionais e outros novos ofícios foram surgindo e estão ganhando, cada vez mais, espaço na sociedade. O Jornal Nova Época entrevistou trabalhadores que, mesmo com o advento da tecnologia, permanecem sendo referências em suas áreas e mantendo vivas as suas profissões. Além disso, a reportagem conta as suas histórias e amor deles pelo que exercem diariamente.
“SEMPRE TEMOS QUE FAZER O MELHOR POSSÍVEL”
Diogo Cavallin, 30 anos, acumula grande experiência na área de barbearia. Profissional da área há 12 anos, ele iniciou a sua carreira como cabeleireiro e acompanhou a transformação que ganhou mercado, liderada pela nova geração de barbeiros, a chamada New School e Barber Shop. “Mercado tem assim como em qualquer outra profissão. Tem que gostar de trabalhar como barbeiro, tem que amar a profissão de barbeiro. Assim, a chance de ter bons resultados é maior”, comenta Cavallin. “Em nossa profissão, mexemos com sentimentos, com a autoestima do cliente. Por isso, sempre temos que fazer o melhor possível, com alegria e dedicação. Eu amo o meu trabalho”, acrescenta o jovem. “Uma vez, a profissão de barbeiro estava escassa. Hoje, essa situação mudou muito. A profissão de barbeiro nunca vai acabar. Pode ser que não passe de geração para geração como antigamente, mas é um trabalho que nunca vai acabar”, opina Cavallin.
BARBEIRO há mais de uma década, Diogo acompanhou evolução do segmento
“O TRABALHO ENOBRECE O SER HUMANO”
A jornada diária de trabalho de Jaci de Oliveira Pinto, 70 anos, inicia cedo, por volta das 7 horas, e se estende até as 21 horas. Costureira desde os cinco anos de idade, ela trabalha de segunda a segunda, praticamente sem folga. Toda a dedicação ao trabalho é para dar conta da demanda crescente de serviço. Em sete décadas de vida, ela nunca exerceu outra profissão. “Aprendi a costurar com a minha tia e sigo assim até hoje. Já trabalhei na roça e, mesmo assim, costurava. Não existem mais costureiras, a profissão está extinção. Por isso, quase não dou conta dos pedidos”, conta. “O trabalho enobrece o ser humano. Eu amo o que eu faço”, destaca ela.
Em seu pequeno atelier, no bairro Leodoro Azevedo, Jaci atende a pedidos particulares e também comerciais, recebendo inclusive solicitações de estabelecimentos hoteleiros. “Faço desde pequenos reparos a confecção de vestidos de noivas. Trabalho há muito tempo com costura. Tenho meu diploma da Artefina”, afirma ela, com orgulho referindo-se a certificação de assiduidade ao trabalho concedida por uma indústria de confecções alemã que se instalou no Brasil.
A ALEGRIA faz parte da rotina de trabalho de Jaci como costureira
“EU GOSTO MUITO DO QUE EU FAÇO”
Aos 68 anos, Dilmo Idalino, também conhecido como Chico, é um dos poucos sapateiros em atividade na região. Ele iniciou no ramo com 20 anos de idade como aprendiz e há 37 anos tem a sua própria oficina. “Eu gosto muito do que eu faço. Desde o início, deu tudo certo e, por isso, não tenho porque parar”, resume. Antes mesmo de o dia raiar, Idalino já está a postos, consertando sapatos e outros artigos de couro de maneira manual, com utensílios antigos, mas que dão conta do recado. “Eu começo às 5 horas, mas abro a loja às 7h. Rende mais quando se começa cedo. É bom trabalhar e bastante”, aconselha. Idalino tem sua oficina no Centro e mantém uma clientela fiel há décadas. “As pessoas gostam dos seus sapatos. Não querem se desfazer deles. Então, vem clientes de Gramado e de outras cidades deixá-los para que eu conserte. Desde que iniciei já fiz vários amigos e que são meus clientes até hoje”.
COM muita dedicação, Idalino mantém viva a atividade de sapateiro na região
“ACHO VITAL QUE SE AME AQUILO QUE VOCÊ GOSTA DE FAZER”
Sempre com muita disposição, Diva Pinto de Souza, 81 anos, chega cedo para trabalhar na Escola Coopec. Professora de Filosofia e Sociologia, ela ministra aulas para alunos do 1º ao 3º ano do Ensino Médio, sendo também responsável pela biblioteca do estabelecimento de ensino. “Acho vital que se ame aquilo que você gosta de fazer. Então, seu trabalho se torna alegre e prazeroso. Amo estar com meus colegas, estar em ambiente escolar. A escola é uma grande família”, diz.
Profissional licenciada em Ciências Sociais e Pós-graduada em Tecnologia e Planejamento, Diva iniciou a sua trajetória no magistério em 1961, na cidade de Encantado, mas não pensa em parar de trabalhar tão cedo. “Não sei quando vou parar. Tenho medo de ficar infeliz porque gosto muito do que eu faço. A pessoa vive melhor a velhice com atividades. Trabalhar só faz bem, nos deixa feliz, nos faz sentirmos úteis quando trabalhamos no que gostamos”, frisa. Às 6 horas, Diva já está pronta para lecionar e se dirigir para a Coopec. “Recebo muito carinho dos alunos. Me sinto acolhida e se torna prazeroso trabalhar’, conclui.
TRABALHO da professora Diva é marcado pela disposição em ensinar
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