O leite de caixinha não existia há alguns anos. Até o início da década de 90, mais ou menos, o leite comercializado era fresco, in natura. Todo alimento in natura deteriora rapidamente. Sabemos disso pela nossa experiência no consumo de carnes, frutas e verduras. Acontece da mesma forma com o leite fresco. Não sei se você lembra, mas o leite ‘direto da vaca’, não chegava a durar uma semana na geladeira.
O que faz deteriorar um alimento é a presença de umidade. A água presente nos alimentos serve de meio para as bactérias se desenvolverem e ativarem reações de degradação.
A desidratação (retirada da água) é um método secular de conservação dos alimentos. Carne seca, ervas e frutas secas são exemplos de alimentos naturais desidratados.
Para o leite foi necessário pensar em outra forma de conservação. O leite de caixinha só dura quatro meses fora da geladeira porque a indústria desenvolveu o método UHT - ultra high temperature– que o submete a temperaturas elevadíssimas, acima de 120 graus; e numa fração de segundos extermina todas as bactérias, além de inativar enzimas de degradação. O resultado é um leite estéril, sem vida biológica.
Parte do problema que temos hoje com a digestão do leite tem a ver com a ausência dos micro-organismos. Existem as bactérias do bem, como os lactobacilos, que são necessárias para a nossa digestão. A ausência da enzima lactase em nosso trato digestivo não é a única responsável pelo desconforto que muitas pessoas sentem ao consumir leite. É o nosso leite que foi modificado. Considere tomar um leite de outra forma de processamento, como o tipo A de garrafinha, à venda na seção de resfriados. E observe sua digestão.
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Rudy Do Canto
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