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MISTÉRIO ENVOLVE SUMIÇO DE EMPRESÁRIO
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MISTÉRIO ENVOLVE SUMIÇO DE EMPRESÁRIO

O desaparecimento do contador Antônio Ide Cavalli, 69 anos, completa 41 dias e muitas dúvidas ainda rondam o caso. O empresário foi visto pela última vez na noite de 5 de dezembro por inquilinos do seu prédio, que fica na rua Felisberto Soares – local onde mora.
O sumiço é investigado pela Polícia Civil de Canela, mas poucas são as pistas levantadas. O delegado Vladimir Medeiros revela que o veículo da vítima, um Kia Sportage prata, foi flagrado por câmeras de segurança, no começo da tarde de domingo, dia 6 de dezembro, saindo do Centro de Canela e deslocando pela estrada do Passo do Inferno, na direção São Francisco de Paula/Caxias do Sul. O caso é tratado como crime patrimonial. No entanto, nem o carro e nem a vítima foram localizados. “Temos algumas linhas de trabalho e não descartamos nenhuma hipótese. Porém, tivemos muitas dificuldades, especialmente, porque a investigação começou bastante tempo após o desaparecimento. Fomos informados do fato quase uma semana depois que ele sumiu”, afirma.
O delegado explica que o estilo de vida do contador também prejudica os trabalhos. “Ele tinha uma personalidade mais reservada, morava sozinho. Não é um sujeito de vínculos e de interações sociais. Em razão do arrombamento do seu apartamento, tratamos o caso como roubo. Pelos relatos e personalidade, acreditamos que ele mantinha alguns valores em dinheiro em casa”, resume Medeiros.
Para a autoridade policial, a demora para localizar provas agrava a elucidação do caso. “Pela experiência, sabemos que, com o decorrer do tempo, as investigações de desaparecimento ficam mais difíceis. No entanto, continuamos trabalhando com prioridade no caso. Informações podem ser passadas anonimamente para a Polícia Civil”, diz.

"Ele não tem celular moderno, não tem WhatsApp, não tem o hábito de atender muito o telefone. Então, foram os lojistas que perceberam que algo não estava certo e me avisaram"

POUCAS INFORMAÇÕES

O contador aposentado Antônio Ide Cavalli foi visto pela última vez no Centro da cidade, nas proximidades de sua residência, na rua Felisberto Soares. A Polícia Civil chegou a cumprir mandados de busca e apreensão em busca de elementos, mas não revelou detalhes sobre alvos ou endereços.
O veículo da vítima, um Kia Sportage 2009 prata, também está desaparecido. A caminhonete foi identificada pela Polícia Civil em câmeras de segurança da cidade. Os agentes apuram a rota utilizada pelo veículo, mas a suspeita é que tenha seguido pela estrada do Passo do Inferno.
O delegado Vladimir Medeiros frisa que qualquer informação sobre o paradeiro da vítima, ou mesmo do carro, pode ser repassada à Delegacia de Polícia de Canela pelo telefone (54) 3282 1212 ou Whatsapp (54) 99614 4216.

“INDEPENDENTEMENTE DE COMO ELE ESTEJA, QUEREMOS ACHÁ-LO”

Antônio Cavalli levava uma vida solitária. Os hábitos reservados fizeram com que a família demorasse a comunicar o desaparecimento na Polícia Civil, mas também intrigam e preocupam ainda mais os familiares. Cavalli não costumava viajar e, se fosse sair de viagem, não ficaria tanto tempo longe de casa. O jornal Nova Época conversou com a filha da vítima, Janaine Cavalli, 43 anos. “Como meu pai tinha uma vida muito solitária, muito reservada, não entrava muito em contato com a família - ele já é divorciado há 14 anos - demoramos uns dois dias até nos darmos conta que ele havia desaparecido”, afirma Janaine. Confira a entrevista completa a seguir:


Nova Época: O que os familiares sabem sobre o caso?

Janaine Cavalli: A gente sabe muito pouco e esse saber pouco que é a nossa maior angústia. Sabemos que quanto mais o tempo passa, mais as informações vão ficando distantes. O que eu sei é que ele foi visto por alguns lojistas do prédio em que mora. No sábado à noite, ele conversou com algumas pessoas e, no domingo ao meio dia, foi avistada a caminhonete dele saindo ali do prédio. Eu acreditava que tinha acontecido tudo no sábado à noite, mas não temos como saber. Alguém pode ter entrado no prédio, ter ficado com ele já no sábado à noite ou até um pedaço da manhã de domingo, mas não posso ter certeza de nada, não sabemos o horário.


Nova Época: E as câmeras?

Janaine Cavalli: Como meu pai tinha uma vida muito solitária, muito reservada, não entrava muito em contato com a família - ele já é divorciado há 14 anos - demoramos uns dois dias até nos darmos conta que ele havia desaparecido. Ele não tem celular moderno, não tem Whatsapp, não tem o hábito de atender muito o telefone. Então, foram os lojistas que perceberam que algo não estava certo e me avisaram. Depois, na quarta-feira à noite, eu fui até o apartamento para ver o que tinha acontecido e tinha um arrombamento do lado de dentro. Aí, dei parte na polícia. Até a polícia começar a investigar, já tinha se passado quase uma semana e, com essa demora, perdemos muitas imagens das câmeras dos estabelecimentos. Há algumas imagens, mas não é possível definir com exatidão se é ele ou não.


Nova Época: Quando perceberam que algo grave poderia ter acontecido?

Janaine Cavalli: Quando eu vi o arrombamento. Minha cabeça está cheia de dúvidas, mas quando vi o apartamento todo bagunçado, com gavetas fora do lugar, em um prédio tranquilo, no Centro... Imagino que tenham entrado para procurar alguma coisa. O que estavam procurando? Não sei. Se encontraram alguma coisa? Não sei. Já fazia uns quatro anos que eu não entrava no apartamento do meu pai. Então, não tenho conhecimento do que poderia ter ali dentro. Até passou pela minha cabeça que ele pudesse ter ido viajar, mas quando vi o arrombamento, percebi que havia sido algo mais grave, ou o levaram. Mas até agora, cinco semanas de desaparecimento, não temos nenhuma informação dele, nem do carro. As últimas notícias tinham sido de que avistaram o carro dele no Passo do Inferno. Não há registro em pedágios. É um mistério pra todos nós. O tempo vai passando e as pistas vão ficando mais distantes e as possibilidades de obter uma boa notícia são cada vez menores.


Nova Época: Como era a rotina dele?

Janaine Cavalli: Eu o encontrava muito na rua. A rotina dele se baseava em ir até o escritório, ficar por lá, ir à padaria, voltar para o prédio, frequentar alguns restaurantes, principalmente o Pica-Pau, mas não passava disso. Era um dia a dia bem básico, nada demais. Sem chances de ter ido viajar ou ter saído de casa com mulheres. Ele estava fazendo um tratamento para a garganta por aqui, ele nem podia sair da cidade.


Nova Época: Qual a expectativa da família sobre o desfecho do caso?

Janaine Cavalli: Apesar de tudo, eu ainda tenho um pouquinho de esperança e que tudo isso seja uma loucura. A Polícia já nos aconselhou a nos prepararmos, pois já faz muito tempo e eu sei que ele não sumiria por tanto tempo por nada. Precisamos nos preparar para tudo, mas tenho um pontinho de esperança de encontrá-lo. Esse é o maior desejo da nossa família agora. Independentemente de como ele esteja, queremos achá-lo.

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