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MITOS UNIVERSAIS: O LOBISOMEM
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MITOS UNIVERSAIS: O LOBISOMEM

 

Os mitos, assim como as lendas, são parte importante do folclore dos povos, sendo seu estudo de grande importância para o conhecimento da “alma” desses povos.


Muitos estudiosos das Ciências Sociais lhes conferem um caráter político, nacional e... regional, pois ele, o folclore, sai em defesa da cultura de uma região, de um povo.


Nas vilas e povoados pelo Brasil e RS, o lobisomem faz parte da imaginação popular, muitas com algumas variações, conforme o local.


O mito do lobisomem no Rio Grande do Sul tem algumas particularidades:
- aquele (sempre homens) que carrega essa sina, quando sente que vai morrer deve “passar” o encargo para alguém mais moço, não morrendo antes dessa tarefa;


- nota-se que o homem que carrega esse fardo, é sempre da raça branca (nativo / pêlo-duro), ou seja, acredita-se que não existe lobisomem negro, alemão, italiano, etc;


- é sempre magro, com os olhos no fundo, dentes salientes, cara meio amarelada, muito pálido;


- quase sempre mora sozinho; ou, em raras ocasiões, com a mãe (sempre estranha) ou a esposa, sem que elas saibam do fato.


Segundo reza a crença, o lobisomem não faz mal a ninguém. Quando muito, vendo-se acuado por cachorros e/ou pessoas, pode vir até morder alguém, mas sua missão é “correr às sextas feiras de lua cheia, da meia-noite ao clarear o dia”. A transformação (no bicho!) começa com o homem rebolqueando-se em um galinheiro, saindo dali já transformado. Ao fim da madrugada, volta ao galinheiro onde vira gente, outra vez.


Se, por um acaso, for ferido enquanto lobisomem, transforma-se logo em gente, mostrando o ferimento no mesmo lugar; se alguém atira-lhe sal enquanto lobisomem, no outro dia, virá à casa da pessoa que atirou o sal, devolvendo-lhe um punhado, como se tivesse recebido “por empréstimo”.


Sempre o sétimo filho homem de um casal, será lobisomem. Também acontece o mesmo (filho lobisomem), com mulher amancebada com padre (credo!). Assim, também, no caso de filhas mulheres a sétima, cedo ou tarde, virará uma bruxa... Mas isso é assunto para outro dia!


O folclorista Antonio Augusto (Nico) Fagundes, com seu livro “Mitos e Lendas do Rio Grande do Sul”, é um dos inúmeros estudiosos que se debruçou sobre o assunto, e que traz em sua história, muito da história dos povos do mundo inteiro.


O folclore, como sabemos, é uma cultura espontânea e que está sempre lado a lado com a cultura dita oficial ou erudita. Ele, o folclore, sobrevive exatamente por sua aceitação popular, bem ao gosto dos povos, como acontece aqui no Rio Grande do Sul... a nossa terra!

 

 

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