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Nem Todas as Notícias são Ruins
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Nem Todas as Notícias são Ruins

Muito temos visto, ouvido e lido sobre diferentes perspectivas do Brasil com relação a vacinação. Se por um lado, é fato que vacinamos pouco em números por habitante, se compararmos com alguns países, nossos números absolutos são grandiosos.
Aplicamos, até quinta-feira, 27 milhões de doses, abrangendo uma população de 21 milhões de brasileiros, 10% de nossa população. Quando olhamos para o mundo, foram vacinadas apenas 4,6% da população. Portanto, estamos vacinando duas vezes mais rápido que o mundo como um todo.
Na parte de vacinas, algumas coisas precisam ser pontuadas. Hoje apenas sete países no mundo produzem vacinas para COVID-19: China, Índia, Estados Unidos, Inglaterra, Rússia, Bélgica e Brasil. Destes sete, apenas 4 possuem mais de uma fábrica em seu território: Estados Unidos, China, Índia e Brasil. Vale lembrar que o Brasil, além das duas que já estão produzindo, está em tratativas para fabricar aqui, também a vacina Sputinik V, de tecnologia russa.
Isso está se mostrando uma vantagem competitiva enorme, pois, mesmo países ricos como os do bloco europeu, estão tendo enormes dificuldade em receber as vacinas. Nosso gargalo de produção é o chamado IFA (Insumo Farmacêutico Agregado), que nada mais é que o concentrado ativo da vacina. A boa notícia é que, até o final deste ano, tanto a Fiocruz, quanto o Butantan, passarão a produzir o IFA, detendo assim a cadeia completa de produção da vacina.
Isto tudo, aliado a nossa capacidade de distribuição e aplicação das vacinas, nos traz uma vantagem competitiva enorme perante os outros países. Passada essa fase de adaptação das linhas de produção e ajustes na cadeia de suprimentos, devemos ter um fluxo constante de entrega de imunizantes, o que deve garantir uma vacinação relativamente rápida para um país com 220 milhões de habitantes.
É claro que erramos, principalmente ao não garantirmos os imunizantes da Pfeizer e da Moderna, as duas vacinas mais sofisticadas e eficazes no combate ao COVID-19 já em Outubro de 2020. Falhamos também na articulação junto aos países produtores do IFA no estabelecimento de uma relação menos turbulenta e tão cheia de solavancos. Tanto isso é verdade que o Ministro das Relações Exteriores foi trocado.
Entretanto acredito piamente que teremos sim um ritmo satisfatório de imunização e que, no final, seremos vistos como um dos bons exemplos em vacinação pois, além de termos potencial para vacinar muito e rápido, temos também um dos povos mais receptivos a vacina. Criamos uma cultura de vacinação através de campanhas de massa e do engajamento de sociedades civis como o Rotary, por exemplo. Graças a isso a população brasileira valoriza e acredita nas vacinas, apesar das estapafúrdias teorias conspiratórias inventadas neste período tão complexo que estamos vivendo.

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