Jornal Nova Época O Jornal do seu tempo

loader
X

Fale Conosco:

Aguarde, enviando contato!
<<< VOLTAR
O CHURRASCO NAS COLÔNIAS ALEMÃS
  • Compartilhe esse post
  • Compartilhar no Facebook00
  • Compartilhar no Twitter
  • Compartilhar no Whatsapp

O CHURRASCO NAS COLÔNIAS ALEMÃS

 

Uma churrasqueira equipada, muitas vezes com sistema de espeto rotativo e tudo o mais, faz o nosso tradicional churrasco mas, vale lembrar, em outras épocas e locais, era bem diferente, como nos relata Maria Eunice Müller Kautzmann, em seu livro “Raízes”...


“O churrasco de gado ou ovelha tinha caráter especial e, aos domingos, reunia a família, à mesa sob taquarais ou laranjais. Armava-se a mesa com dois cavaletes e tábuas apropriadas. Abria-se o buraco no pátio para lenha de bom cheiro, o fogo queimava alto, até receber a carne. Esta assava-se aos salpicos de ramos de taquara (folhas) molhadas na salmora (sal e alho). Por toda a parte o perfume do churrasco atraía as crianças que iam ao papai pedir: ‘dá um pedacinho’.


O churrasco acompanhava farinha de mandioca, feijão mexido, aipim e saladas variadas, a salada de batatas não levava ‘maionese’, era coberta com um creme de cebola, farinha de trigo, sal, vinagre feito na frigideira.
Outras saladas: repolho, pepino, couve-flor,alface, agrião, cenoura, xuxu, (ao natural ou fervidas nos vidros ‘weck’).


As galinhas assadas no forno da rua, chegavam a ser 10 ‘penosas’. Trabalho de mamãe que fazia com esmero o recheio de guisado com pão, ovos, azeitonas, farinha de mandioca. Isto acontecia nas festas de Natal, Páscoa e aniversários dos pais.


....................


Sobremesa, doces de calda: laranja azeda, pêssego, goiaba, maçã, ameixa, figo, pêra, abóbora, xuxu. Comia-se a fruta da época, ao natural, laranja, bergamota, goiaba, pêra, uva, figo. A cana-de-açúcar, colhida e cortada por papai chamava a ‘filharada’ que ganhava um punhado de gomos iguais, alisados a faca. Assim fazia à laranja de umbigo e laranja do céu.


Às 15 horas, havia o chimarrão, que os pais tomavam, embaixo do caramanchão, na frente da casa ou na cozinha. Nesta hora, mamãe deixava a máquina de costura Singer e o acompanhava no amargo. Ele preferia uma cuia simples com boca larga e bomba de prata”.


Na simplicidade das pequenas cidades de colonização alemã, como nas de outras etnias, o costume “absorvido” pelo imigrante, do “churrasco nosso de cada domingo”, um hábito do Rio Grande do Sul... a nossa terra!

 

 

  • Compartilhe esse post
  • Compartilhar no Facebook00
  • Compartilhar no Twitter
  • Compartilhar no Whatsapp

Olá, deixe seu comentário para O CHURRASCO NAS COLÔNIAS ALEMÃS

Enviando Comentário Fechar :/

PUBLICIDADE Jornal Nova Época