O CICLO DOS ROMANCES
(re-descobrindo...)
O folclorista Silvio Romero colheu vários “Romances Rústicos” ou “xácaras”, a exemplo de A. Amaral, e que se constituem em verdadeiras produções poéticas, versando em torno do boi. Vejamos:
O Boi Espácio:
“Eu tinha o meu boi Espácio, / muito preto, caraúna;
só ficou o boi Espácio, / por não temer o vaqueiro”
O Rabicho da Geralda:
“Eu fui o liso Rabicho / boi de fama conhecida;
nunca houve neste mundo / outro boi tão destemido.
Minha fama era tão grande / que enchia o sertão,
vinha de longe vaqueiros / pra me botarem no chão”
O Boi Liso:
“Para os campos me soltaram / pra onde eu fui bem zangado,
mas jurei por minhas barbas / de nunca mais ser pegado”.
Por falta de espaço, faremos pequenos relatos de outros “romances” também importantes do ponto de vista folclórico:
A Vaca do Burel: ela própria narra suas aventuras, a exemplo de outros.
A-B-C do Boi Prata: como os outros, narrando suas andanças. Vagas semelhanças com seus precedentes.
O Boi Surubim: celebra as façanhas de um boi, mas esse, muito querido de seu dono, ao contrário dos outros.
O Boi Moleque: peripécias análogas à do Espácio e Rabicho...Termina, por indicar, ironicamente a vitória do animal.
O Boi Misterioso: espécie de lenda de um boi que desaparece sem deixar rastro e reaparece muito depois, fazendo horrores...
O Novilho do Quixelê: recolhido pequeno fragmento. Semelhante ao Surubim.
O Boi Vitor: história muito semelhante aos outros.
O Boi Pintadinho: como o procedente, com composição distinta.
O Boi Adão: Apenas uma parte (do final), bastante parecido com a última parte do Espácio.
Relatos de pesquisas de grande valor no campo do folclore brasileiro, a exemplo do nosso “Boi Barroso”, cantado em prosa e verso pelo cancioneiro do Rio Grande do Sul... a nossa terra.
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