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O legado dos alemães
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O legado dos alemães

Muito se tem falado sobre o imigrante alemão que aqui veio com sua bagagem de cultura e germanidade.
Entre o que mais se destaca nesse povo de costumes distintos, está a religiosidade, o trabalho, o cooperativismo e muitos outros, somando-se ao objetivo maior: um futuro melhor na nova pátria.
Hilda A. H. Flores nos traz alguns tópicos desse legado...
“Ao abordarmos o Legado Alemão, cabe lembrar que os imigrantes alemães começaram a afluir a partir de 1824, quando ainda não existia a Alemanha, só unificada em 1871. Ao longo do século XIX e até após a I Guerra Mundial, chegaram imigrantes de fala alemã, oriundos de regiões diferentes, falando dialetos diversos e praticando usos e costumes distintos. Aqui localizaram-se em etapas sucessivas e em regiões diferentes, ocupando o vale do rio dos Sinos, depois o do Taquary; subiram ao Planalto, juntamente com a afluência de imigrantes italianos, poloneses e outros; seguiu-se a ocupação do Alto Uruguai, e finalmente a região oeste do Estado, donde atravessaram a fronteira para colonizar o oeste catarinense e o do Paraná.
......... Por décadas viveram geograficamente distantes da comunidade lusa, isolados em comunidades rurais. Aí improvisaram recursos e desenvolveram uma maneira peculiar de pensar e agir, de morar, de se posicionar perante Deus e equacionar problemas vitais como o estudo dos filhos, de conviver em sociedade e expressar valores existenciais – tudo isso à sombra de uma atitude passiva do país receptor, que descuidou da formação de uma rede escolar e de meios de comunicação eficientes para fluir a integração.
Do longo isolamento resultou a Deutschtum, sentimento de germanidade, traduzido num processo perene de viver, em que as colônias, sob orientação da Igreja, se auto-abasteceram de escolas, professores e associações, a revigorarem conceitos e valores da cultura germânica.
......... Quando a I Guerra Mundial colocou Brasil e Alemanha em campos opostos, de repente ficou à mostra uma germanidade confrontada com a cultura brasileira. O problema se apresentou mais agudo na II Guerra, motivando uma poderosa máquina oficial repressora do germanismo, com aprendizado imposto da língua nacional, resultando integração à cultura brasileira, embora conservadas uma série de características etno-culturais de origem”.
Hilda Agnes Hübner Flores – pesquisadora, historiadora, conferencista, tradutora, dicionarista – é autora de incontáveis livros abordando a arte, a arquitetura, a literatura, a indústria, as associações, a religião e todos os usos e costumes do imigrante alemão no Rio Grande do Sul... a nossa terra!

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