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OS DOZE DE CANELA
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OS DOZE DE CANELA

OS DOZE DE CANELA


Toda cidade tem grupos de amigos que se formam na infância modelados pelo convívio diário na escola, nas brincadeiras de rua, nos acampamentos e nas festas da comunidade. Eu tive o privilégio de ter uma turma assim, com amigos muito próximos e importantes, mas tinha uma coisa que nós admirávamos muito: a turma dos mais velhos! Éramos crianças, mas naquela época a diferença de dois ou três anos, era algo a se admirar. Sempre estávamos sintonizados com nossas coisas, gostos e brincadeiras, mas observando, admirando e sabendo do que a turma dos mais velhos fazia. E tentávamos imitá-los em algumas, coisa difícil pela diferença de idade, mas tentávamos.
Às vezes coincidia de estarmos, os dois grupos, juntos em algum evento, festa ou churrasco de meio de semana. Era a hora de admirar aquelas figuras que, para nós, eram mais velhas e, portanto, tinham mais conhecimento das coisas e podíamos aprender algo novo. Sabíamos as características de cada um deles e das famílias. Conhecíamos seus nomes e apelidos, os mais engraçados, os mais sérios, os que falavam e os que não falavam conosco.

A importância destes grupos etários de infância é decisiva para a formação dos amigos que vão seguir pela vida toda. Chegada a- adolescência, cada um seguiu seu caminho trilhando bancos de faculdade, comércio ou na pecuária, mas nunca se esqueceram uns dos outros. Falo do grupo autodenominados Os Doze de Canela, que foi contemporâneo ao meu grupo de amigos de infância e hoje, passados mais de 60 anos daqueles tempos dourados, vejo-os com uma indisfarçável alegria, admiração, gosto de infância, cheiro de fogueira e lembranças de encontros alegres e divertidos. Quase todos ainda estão por aqui, com seus cabelos e barbas brancas e aquelas marcas genéticas que vieram da infância e que ainda estampam seus rostos, gestos e vozes. Canela nunca foi esquecida, os amigos nunca se desligaram, as histórias revividas acendem lembranças doces de uma época de infância que marcou a ferro, no coração de cada um, o atávico apego ao torrão natal e a amizade verdadeira. Um saludo a este grupo de doze amigos que ainda hoje admiro e considero, já sabendo que a diferença de idade entre nós, agora, não faz a menor diferença.

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