Muitos italianos que vieram para a Serra Gaúcha, ainda durante a colonização, trouxeram consigo algum apelido (ou os ganharam aqui), os quais, via de regra, representava ou estava atrelado ao seu ofício, sua especialidade profissional.
Numa época em que tudo era encomendado, muitos acabavam sendo chamados e conhecidos pelo ofício... E que, mais tarde, ficou atrelado ao próprio nome.
Vejamos alguns personagens fundamentais da época, conforme uma reportagem do Jornal Pioneiro (12 de maio de 1962), reeditado pelo jornalista Rodrigo Lopes – “Memória” – Pioneiro.
Beccher (açougueiro): Irmãos Sartori
Buzér (coveiro): Felice Rossi
Paroloto (parol, tacho de fazer polenta): David Zanotelli
Ferrer (ferreiro): Irmãos Daniel e Andrea Benetti
Sartor (alfaiate): Rodolpho Braghirolli
Barbieri (barbeiro): Luiz Rossi
Paderon (padeirão): Vittorio Zanella
Mandelatér (fabricante de mandolate): Pedro Curtolo
Caragheta (fabricante de cadeiras coloniais): João Dal Pont
Loroger (relojoeiro): José Micheletto
Scarper (sapateiro): Vitorio Chitolina
Seller (seleiro) Vittorio Mussoi
Postin (agente de Correio): Luiz Curtolo
Bandera (funileira): Luiza Zanrosso Eberle, a Gigia Bandera
Bepon (Bepi grande): José Carlassara
Verona (natural de Verona): Antonio Lessa
Joan Sonador (João tocador de músicas, gaiteiro): João De Carli
Bergamo (natural de Bergamo): João Bertelli
Fornasin (oleiro): Ambrosio Fasoli
De La Maestra (do Morro da Maestra): Luiza Morelli Marchioro
Ortolan (hortaliceiro): Francisco Rossi
Botaro (tanoeiro): Giacomo Mosele
Cavagnin (fabricante de cestas de vime): Paulo Fillipini
La Pina (parteira): Josefina Debeni
A imigração italiana (1870 / 1914), vale lembrar, trouxe homens, mulheres e crianças, principalmente em busca de uma nova terra (e nova vida!) e ajudou a escrever uma importante página da história do Rio Grande do Sul... a nossa terra!