PAIS PRESENTES FAZEM A DIFERENÇA NA VIDA DOS FILHOS

Em tempos atuais, por motivos diversos, os pais passaram a ter um papel ainda mais acentuado na criação dos filhos. Eles passaram a ser mais intensos na rotina dos filhos, dividindo com as mães ou em alguns casos assumindo integralmente deveres diários como levar e buscar na escola, fazer comida, lavar roupas, entre outros.
Ou seja, na prática, tornaram-se presentes na vida dos filhos, fazendo jus a importância da referência paterna. Por isso, bons exemplos, são fundamentais, como o radialista e produtor cultural, Enio Martins, ou Enio San, 61 anos. Pai de quatro filhos, ele está envolvido diretamente na criação do mais novo deles, o João, 11 anos. Desde os quatro anos do João eles vivem juntos, um ajudando o outro, um dando amor ao outro, numa linda relação de pai e filho.
San participa de forma intensa na rotina do caçula, consolidando uma relação entre pai e filho onde se justifica afirmar: Enio é presente na vida de João. Para o comunicador, uma relação sólida e fraterna entre um pai e um filho precisa ser nutrida diariamente. “Amor, principal alimento. Ensinar a pensar, alimento da alma. Botar o pão e azeite na mesa através do trabalho” comenta San. Além disso, na formação de João, San dá a receita. “Com vida, livros, amor e preocupação”, diz. Na rotina de um pai que vive sozinho com o filho, San destaca as responsabilidades que aumentam ao ser pai solo. “Falo por mim, filho é pra sempre. Roupa limpa, pão na mesa, carinho o tempo todo”.
Com a experiência de quem teve o primeiro filho, aos 22 anos de idade, o radialista aconselha futuros pais a amarem juntamente com as mães a fase gestacional. “Preparem-se para apoiar a mãe incondicionalmente por três anos. A enorme labuta é dos dois”, frisa. Sobre ser um pai presente, San salienta. “Sou só um pai. Não faço mais do que minha obrigação como cidadão. E muito importante: João tem uma mãe maravilhosa. Não faço nada sozinho. Ninguém faz, saibam. Aliás, infelizmente sou exceção. Mães brasileiras estão solitárias com enorme fardo. Todo mundo conhece mães assim”. San ainda é pai de Theo (38), Caio (28) e Ana (24).

ENIO San cria o filho, João, desde os quatro anos de idade
Foto: Divulgação

“ELAS ME CHAMAM E EU ESTOU SEMPRE PRONTO”

Em comemoração ao Dia dos Pais, o domingo será de muita alegria na casa de Erico Ulrich Ruppenthal, 74 anos. Por ser uma data especial, ele vai receber ainda mais carinho das filhas, Carolina (42) e Amanda (39). Desde que a sua esposa faleceu, em 2006, ele assumiu a criação delas. Ruppenthal conta que sempre foi presente na vida de Carolina e Amanda e, junto com elas, superou o desafio de ser pai mais que presente na vida delas. “Elas sempre me acompanharam desde pequenas, sempre fomos muito família”, resume Ruppenthal. Para ele, o amor foi é o pilar na relação com elas. “É só se integrar. Faço tudo o que posso por elas e sei que elas fazem de tudo por mim. É uma relação mútua, uma troca de carinho e dedicação”, afirma Ruppenthal. “Foi um desafio criar elas, mas como estava acostumado porque sempre participei junto com a mãe delas, consegui. A receita foi amor, carinho e educação. Eu só segui o jeito que a mãe delas começou”. “Elas me chamam, e eu tô sempre pronto”, finaliza.

ERICO Ruppenthal com as filhas Carolina e Amanda
Foto: Divulgação

“PAI NÃO TEM QUE AJUDAR A MÃE. TEM QUE FAZER AS COISAS ACONTECEREM”

Pai da Maria Luiza, de 3 anos, e do Francisco, de 2 meses, Diego Viezzer, 41, dedica parte do seu tempo para cuidar dos filhos. A dedicação dele envolve muito amor, paciência, cuidado e atenção. “Cuido da mais velha desde que nasceu. Minha esposa trabalha fora. Ela entrou na escolinha este ano. Antes disso, sempre fiz questão de ensinar tudo que podia. Hoje, temos muito orgulho da pessoa que está se tornando”, conta. Viezzer exerce a paternidade de uma forma moderna, diferente da maneira convencional que ocorre na maioria das famílias. Ele quem cuida diretamente das crianças desenvolvendo juntamente a sua profissão de corretor.
“Antes da Maria nascer, planejamos que, ao invés de contratar uma babá ou deixar no maternal, eu começaria a trabalhar em casa. No início, foi um baita desafio. Minha mãe ajudou por um tempo e depois assumi sozinho”, conta. “Minha esposa é obstetra. Então, trabalha bastante e os horários nem sempre são rotineiros, o que dificulta um pouquinho, mas ela está sempre presente quando possível sempre dando o seu melhor em prol da nossa família. Somos um casal moderno, onde ela trabalha fora e eu em casa”, revela.
Para Viezzer, um pai deve sempre estar presente, indo além das obrigações tradicionais. “Pai não tem que ajudar a mãe. Pai tem que fazer as coisas acontecerem”, opina. “Acredito que um pai deve sempre se fazer presente, não importa se acha que não faz aquilo direito ou se acha que a mãe ou quem for vai fazer melhor. Tem que fazer, tem que tentar e vai aprender, tenho certeza. Trocar fraldas é básico, dar comida é básico, acordar no meio da noite é básico. Tem que se dedicar, tem que ter tempo, tem que escutar, acolher, proteger. Pai dá conselhos, pai leva na escola, pai chama atenção quando algo está errado. Não importa muito dar presentes e, sim, se fazer presente, sempre”, ressalta Viezzer. “Prefiro sempre estar com a minha família do que fazer qualquer outra coisa”, conclui.

DIEGO Viezzer com os filhos Maria Luiza e Francisco
Foto: Dani Bat