HOSPEDEIRO DAS PEQUENAS OBREIRAS
Acho que você não vai encontrar, no perímetro urbano de Canela, um quintal de residência como o de Paulo Sergio Piva. Esse meliponicultor canelense possui nos fundos de casa uma infinidade de caixas suspensas imitando pequenas casinhas, que explicam por si só o que significa essa sua ocupação (uma delas), curiosa para os leigos, escrita aí em cima. Meliponicultor é quem se dedica à criação de abelhas sem ferrão, as melíponas.
Comerciante tradicional de ferragens e agrônomo, Paulo Piva há mais de 40 anos lida com abelhas, o que lhe dá conhecimento de causa a ponto de ser contratado, como multiplicador de enxames que é, para sua implantação em outros locais. Recentemente ee se engajou no projeto de instalação de enxames no Mátia Parque das Flores de São Francisco.
Conversar com Piva sobre as espécies de melíponas que ele possui e trata com atenção quase diária é uma aula sobre esses insetos voadores que carregam, literalmente, a responsabilidade de fazer a polinização de varias espécies de plantas, incluindo comestíveis. “Se tu observar, por exemplo, um morango de formato perfeito, como quase eles todos são, saiba que essa forma bonita e parelha em todos os lados é resultado de uma polinização bem executada, numa espécie de dança circular, por uma dessas obreiras, as abelhas”, diz Paulo.
Ter no seu terreno cerca de 200 caixas de abelhas, para Piva, sua família e para quem chega, não significa perigo de picadas, então, pois as Melíponas são amigáveis. Há décadas atrás Piva já foi um apicultor, que é o criador de abelhas com ferrão (essa sim, exige todos os cuidados no manuseio) e chegou a extrair alguma quantidade de mel. Além de em casa, também no seu sítio Paulo tem caixas de abelhas.
Filiado à Amevat (Associação dos Meliponicultores do Vale do Taquari), Paulo Sergio tem know-how que poderia fazer dele um bom palestrante sobre o valor das Jataís, Guaraipos e outras abelhas sem ferrão, mas isso não lhe faz a cabeça. Prefere exercer o hobby que virou paixão no silêncio do seu bairro, cuidando dos enxames ouvindo o zumbido e observando o trajeto das pequenas passeadeiras que saem para saudar o sol. Depois de visitar as plantas, voltarão para onde serão sempre bem-vindas.
O SÃO BERNARDO BONITO DE VER E OUVIR
O coração bobo dos apreciadores de Alceu Valença vai bater forte em São Chico nesse fim de semana. Com graça e grátis, esse pernambucano, aos 76, ainda despeja uma chuva de alegria na gente. Quem tiver sombrinha, traga para se proteger ou para frevar no Lago São Bernardo.
Mas o Paralelo Festival, boa ideia surgida em 2019, anda reserva mais: tem Oswaldo Montenegro voando condores e cantando seus bandolins. Alceu se apresentará no sábado (19), na programação que se inicia às 18h com A Figa e Mari Kerber Trio. Já Montenegro soltará o vozeirão no Domingo (20), após os shows de A Ondular e Rita Zart, a partir das 17h.
Dentes não existem só para ranger com o que está acontecendo.
Nosso muito obrigado ao mestre Cleiton Thiele por captar esse
momento de um pequenino que nos ensina o que vale na vida.
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