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Pousada Cachoeirão dos Rodrigues
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Pousada Cachoeirão dos Rodrigues

Uma pousada é um lugar para se pousar, descansar e sair da rotina diária de casa e seus envolvimentos. Quando penso em um destes lugares, lembro sempre de água corrente de algum rio ou arroio, cheiro de galpão, noites escuras com céu muito estrelado, frio aconchegante, berros de terneiros chamando suas mães e de vacas chamando seus filhos, cheiro de café passado e do pinhão assado na chapa do fogão, de leite quente num bule sobre uma mesa repleta de pães, bolos, queijos e biscoitos da casa para um café da manhã e,o mais importante: o acolhimento simpático e caloroso dos donos e sua família.
Um destes prodigiosos lugares é a Pousada Cachoeirão dos Rodrigues, em São José dos Ausentes, encravada no vale do Rio Silveira bem próximo ao rio que, dependendo do vento, é possível ouvir seu murmurejo. Casa antiga de fazenda, de madeira e com muitos quadros de família e de santos pendurados nas paredes, esconde em cada quarto aconchego e histórias a serem descobertas e absorvidas pelos visitantes. As cores internas, de um azul de céu de primavera, é a mesma de quando foi construída, sendo assim mantidas pelos proprietários Tonico e Rosane com muito carinho, respeito e orgulho.
O galpão antigo, agora transformado em um lugar de convivência dos hóspedes e da família, continua com seu chão batido de terra muito socada por solas e saltos de botas, chinelos, alpargatas e sapatos de pessoas de muitos rincões próximos e distantes que deixaram ali impressões invisíveis, mas que permanecem vagando na penumbra carregando o ambiente com histórias de muitos lugares. A grande boca da lareira cospe calor e luz para o aconchego e deleite dos visitantes nas noites frias dos invernos serranos ou nas tardes chuvosas que inibem uma caminhada pelos campos.
Cavalgar sob o comando do Samuel, filho do casal, é uma experiência inesquecível e que não é desperdiçada por ninguém que por ali chegue para uns dias de descanso. O que se vê e o que se sente numa cavalgada é único. O cheiro, o calor e o trote do cavalo, o conforto relativo dos pelegos que amaciam o andar, o prazer de dirigir o animal e o visual privilegiado que se tem há mais de dois metros acima de qualquer um, é impagável.
Um passeio a pé até o topo do Morro dos Gaiteiros, que se ergue em frente à pousada, é quase uma imposição. Subir lentamente a encosta ziguezagueando pelos caminhos do gado, sentindo o coração pulando mais forte e os pulmões gritando por mais oxigênio até chegar ao topo e se deslumbrar com a vista de trezentos e sessenta graus logo abaixo. Olhando para o sul, descortina-se a pousada e logo adiante o Rio Silveira e suas corredeiras prateadas; para o oeste está o vale exibindo os meandros do rio, as coxilhas e matas de araucárias que se perdem adiante; para o leste uma densa mataria de araucárias e campos dobrados que se vão em direção a borda do cânion Monte Negro, distante pouco mais de 20 quilômetros; para o norte, apenas campos dobrados e gado pastando tranquilo. Local para se ficar um tempo, olhando, mateando sem conversar, só ouvindo as graúnas, o vento e as seriemas gritando ao longe.

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