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Rodrigo em canto
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Rodrigo em canto

Os canelenses que viram aquele tenor cantar e conversar com as milhares de pessoas que lotavam a frente da Catedral de Pedra e a rua Felisberto Soares, nos shows de chegada do Papai Noel Simplesmente Natal - aqueles, há alguns anos atrás, do móbile com dançarinos rodando a 40 metros de altura, lembram? – notaram que ele conduzia os espetáculos com a naturalidade de quem tem experiência no assunto. Rodrigo Cadorin (49), o artista, empresário e produtor cultural de quem estamos falando, se por esta e por outras já é conhecido no meio artístico de Canela e Gramado, merece que a gente revele mais um pouco do currículo que ele, modestamente, não fez questão de divulgar.

Rodrigo em canto

Rodrigo em canto

Cartaz do último Concurso Lírico Mario Lanza, já vencido por Cadorin

Caxiense que começou a fincar pé em Canela quando conheceu sua esposa canelense em 2006, Rodrigo concretizava então um antigo desejo de morar por aqui. A admiração por nossa região surgiu nas tantas vindas para participar do Natal Luz, como integrante da comissão organizadora, diretor artístico e criador de espetáculos como Nativitaten e A Fantástica Fábrica de Natal. O casamento com Lisiane Urbani, que com ele fundou a D’arte Multiarte em 2007, também serviu para fazer Cadorin diminuir o intenso ritmo de atividades que o fez, desde muito moço, mudar seguidamente de endereços – um eles, a Europa.

Artista que se preparou para sê-lo, Rodrigo Cadorin na verdade também atuou em outras áreas. Estudou piano já aos sete anos e aos quinze saía de Caxias para estudar em internato em Frederico Westphalen (“agropecuária! Veja só...” diz ele). De volta à terra natal, chegou a hora das faculdades: cursou três anos e meio de Engenharia Mecânica na UCS; três anos de Arquitetura na Unisinos; um ano de Filosofia e um de Direito na UCS. Não conseguia dar prosseguimento aos cursos porque passava temporadas Brasil afora implantando projetos de TV a cabo ou porque o destino e a sua tenacidade lhe reservavam futuro promissor no canto, atividade à qual ele sempre se dedicou, mesmo sendo um legítimo homem multi-tarefas. Até hoje um desenhista, Rodrigo, enquanto universitário, foi arte-finalista dos jornais Pioneiro e Folha de Hoje; criou importantes projetos, como perimetrais, quando estagiou no então Gamaplan - Gabinete Municipal de Planejamento Prefeitura Municipal de Caxias do Sul e ajudou a organizar algumas edições da Festa da Uva. O crescimento profissional de Cadorin em Caxias do Sul também aconteceu devido ao apoio que recebeu. “Grandes homens confiaram em mim, como o ex-prefeito Mario Vanin e o ex-secretário estadual de Turismo e presidente da Festa da Uva Flavio Iopp”, diz ele.

Participar do Grupo Spirituale foi um passo importante no amadurecimento do cantor Rodrigo. Gravaram 23 discos, venderam mais de 50 mil cópias, ganharam prêmios... serviu, enfim, para Cadorin se certificar que seu caminho era na Música. Decidido em 1998 que se dedicaria, dali em diante, somente à Música, dois anos depois ele estava na Itália.

Por intermédio de seu professor de canto em Porto Alegre, teve o privilégio de ser aceito como aluno por Floriana Cavalli, grande cantora das décadas de ouro do canto lírico. Morava em Vicenza (depois em outros lugares) e estudava em Milão. Na Itália ele participou e foi premiado em certames como o Concorso Monteverdi, em Schio, e o Concorso Mario Lanza, em Pescara. Neste último, que Andrea Bocelli havia ganhado quatro anos antes, nosso entrevistado venceu perante 800 inscritos. Foi condecorado com a Medaglia Francesco Tamagno por valor e alta expressão lírica na região de Varese/Milão. Cantou também na Espanha, Áustria e França. Fez o teste da Escola de Ópera do Teatro alla Scala de Milão e foi aprovado, mas não se efetivou lá porque passara três meses da idade limite para tal (ele completara 31 anos).

Voltando a pensar no Brasil, em 2004 Cadorin veio cantar no musical Evita (fez o Che Guevara), em Porto Alegre e aproveitou para mais uma vez trabalhar no Natal Luz. De retorno à Itália, ficou por um curto período e a morte de Floriana Cavalli fez Cadorin desistir do canto lírico, que, na Europa ele se conscientizou que “deve ser tratado como uma religião”. Seguiu-se, já aqui, uma série de trabalhos significativos em Santa Catarina, como a direção artística da teatralização do espetáculo A tomada de Laguna.

Hoje definitivamente um canelense, para Rodrigo a atuação da D’Arte, com espetáculos consagrados e projetos sociais, tem significado a continuidade de tanto talento e esforço para o bem da arte da nossa região. Quem já cantou no Scala de Milão e no Staatsoper de Viena e não perde a humildade ainda tem muito a mostrar e a ensinar.

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