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SOTAQUES DO MUNDO REUNIDOS EM CANELA
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SOTAQUES DO MUNDO REUNIDOS EM CANELA

INTERCÂMBIO DE JOVENS DO ROTARY

SOTAQUES DO MUNDO REUNIDOS EM CANELA

Com a proposta de promover a paz mundial, aproximando povos e quebrando preconceitos, o Rotary Clube promove anualmente o Intercâmbio de Jovens. O Distrito 4670 está recebendo 12 intercambistas em Canela e dois em Gramado. Os adolescentes são oriundos de dez países: Finlândia, Venezuela, França, Nova Zelândia, México, Estados Unidos, Romênia, Panamá, Taiwan e Bélgica. O grupo chegou em agosto e deve ficar na região até julho de 2024. Outros dois adolescentes estrangeiros devem desembarcar na cidade em janeiro. Em contrapartida, o Rotary Clube Canela Inspiração encaminhou um grupo de 16 canelenses para diferentes destinos pelo mundo.
Conforme a vice-chair do Intercâmbio de Jovens do Distrito 4670, Irina Ody, o intercâmbio de longa duração é destinado para jovens dos 15 aos 17 anos e meio. “Eles ficam um ano vivendo em outro país. O programa é destinado para alunos do Ensino Médio. Em Canela, temos quatro escolas parceiras: Marista, Coopec, Danton e CIEP Neusa Mari Pacheco”, afirma Irina.
Segundo ela, os adolescentes interessados na região devem procurar os Rotarys de Canela e Gramado e fazer suas inscrições. Após dois anos sem ser realizado em função da pandemia de Covid-19, o programa voltou com força em 2022 e, para 2024, a tendência é que cresça ainda mais. “Temos 18 inscritos no Rotary Canela Inspiração. Ao todo, a meta do Distrito 4670 é enviar mais de 50 jovens. Os interessados indicam três destinos de sua preferência e viajam para países conforme disponibilidade de acolhimento”, diz.
Irina destaca que os clubes da região possuem treinamento e estão aptos a realizar o intercâmbio em segurança tanto para os adolescentes como para as famílias. O programa conta com regras mundiais: não é permitido consumir bebidas alcoólicas, usar drogas, namorar e dirigir. “Se infringirem as regras, eles podem ser enviados ao país de origem. Na terceira infração, recebem cartão vermelho e têm uma semana para voltar para casa”, destaca. Além de regras mundiais, o programa segue as normas de cada país e família.
O Rotary custeia aproximadamente 80% das despesas de cada intercambista. “É um programa 80% mais barato do que os intercâmbios comerciais e 10 mil vezes mais seguro. Os jovens são recebidos por famílias que os tratam como filhos”, frisa.


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INTERCAMBISTAS com representantes do Rotary Canela Inspiração, Irina Ody, Federico Bergman, Jaque e Marga

Foto: Halder Ramos


UM POUCO DE CADA UM

Eles chegam aqui com os olhos bem abertos, expectativas mil e uma grande curiosidade sobre o tipo de Brasil e brasileiros que vão encontrar nesse Rio Grande do Sul que não tem belas praias frequentadas o ano todo nem o sol constante - a imagem padrão do nosso país no imaginário de muitos estrangeiros. Mas graças à sua condição de intercambistas e de adolescentes, os jovens que vêm de diversos países para passar até 11 meses conosco são surpreendidos pela beleza de Canela e Gramado, nossa qualidade de vida e, não raro, surpreendem-se com a acolhida das famílias hospedeiras, que esbanjam uma característica brasileira muitas vezes não tão presente em outros países: o calor humano.
Conversando com o grupo de intercambistas que está atualmente enriquecendo o cotidiano de algumas de nossas famílias e escolas, captamos uma bela amostra dos diferentes modos de ser que cada jovem pode apresentar, como herança dos lugares de onde vieram e das suas culturas. Evan Defauw, que está sob a tutela do Rotary Clube de Gramado, é um belga-francês, condição que se dá pela sua dupla nacionalidade. Gostando de todo o que está vivendo aqui, ressente-se um pouco do frio. Sua pequena Brognon, na região administrativa Grande Leste da França, situa-se próxima a Charleville-Meziéres, a cidade de tradição bonequeira que inspirou Canela quando promovíamos um dos maiores maiores festivais de teatro de bonecos do Brasil, com muitos grupos que se apresentavam lá vindo à nossa cidade.
Ximena Dominguez trouxe para cá a extroversão mexicana. Vinda de Vera Cruz, já conheceu as tradições gaúchas e quer ensinar, para a nova família, um pouco das suas, inclusive a comida. Parece preparada para isso e, se tivesse um reparo a fazer à estada aqui, gostaria de pegar mais calor. A também mexicana Dulce Fernanda Vanzzini, cuja host family está em Gramado, gosta de falar sobre as tradições do seu país e as práticas culturais. Perguntamos se ela tentaria fazer, se tivesse as flores, um (mesmo pequeno) dos famosos Tapetes de La Muerte que fazem a fama da sua cidade, Guanajuato, quando se reverencia o Dia de Finados delea. Disse que poderia tentar.
Karla Chacón é das Venezuela e traz a boa notícia de que a situação do povo venezuelano tem melhorado, depois de tempos difíceis. Está maravilhada com a família que a recebe aqui, pensa em ser odontóloga em seu país mas, antes disso, quer conhecer mais o mundo. Sohannys Barria é, salvo engano, uma das raras panamenhas a fazer intercâmbio em Canela e Gramado até hoje. Oriunda de Cidade do Panamá (a capital), ela é pequena no tipo físico mas muito determinada no que fala. Perguntamos sobre o que ela indicaria, lá, para visitar: “as inúmeras belas praias, subir um vulcão e visitar o Canal”. Sobre haver algo que a desaponta em seu país, a resposta veio logo: “a política, com maus representantes”. Há oito meses no Brasil, Sohnannys já conheceu muitos estados aqui e talvez vá se tornar uma tradutora-intérprete.
Maria Rebeca Maria (o segundo “Maria” é o sobrenome do pai) vem do Sudeste da Europa, mais precisamente do Sul da Romênia. Sua cidade é Slatina, às margens do rio Olt. Elèonore David, uma jovem francesa de fala mansa, se desculpa sem razão alguma por estar falando pouco o português. Para o pouco tempo que está aqui, ela já formula frases a custa de bastante esforço em aprender e deve estar ajudando na escola, a Coopec. Já a intercambista Alma Ulvila não vai sentir o frio da Serra Gaúcha, pois convive com temperaturas mais baixas em determinadas épocas na sua Helsinque, na longínqua Finlândia. Perguntamos se o seu nome, em finlandês, teria o mesmo significado do substantivo em português. Não tem, é só nome próprio.
Matthias Verlinden, outro belga dessa leva de intercambistas, é filho de professora e, nos shows de talentos aqui, está apto a mostrar que é bom pianista, arte pratica desde criança. Inclusive já lhe providenciaram um teclado para continuar praticando por aqui. Também está ganhando estrela no aprendizado do português. Maxwell Kennedy, por fim, estadunidense, comparou o seu cotidiano na Pensilvânia com o que está fazendo aqui. Muito ativo e gostando de atividades em contato com a natureza, não vai sentir muita diferença. Chegou há três semanas e está dando duro para aprender o português. No Colégio Marista, uma das maneiras de se entrosar é jogando xadrez.
Bienvenido, welcome, bienvenu e em outros idiomas, as mesmas saudações desses jovens devem ser ouvidas pelos intercambistas da nossa região, mundo afora. É o planeta se tornando menor para aqueles que o Rotary chama de futuros embaixadores da paz.

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