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TOSADOR DE OVELHAS
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TOSADOR DE OVELHAS

 

Em seu livro “De Rumo Feito”, o poeta Marco Pollo Giordani nos mostra uma outra maneira de fazer poesia. Ele, com experiência de infância nos usos e costumes campeiros, traz em seus versos mais que poesia: traz a essência dos costumes vividos.


Como bem podemos ver na poesia abaixo:
(Para o amigo, cunhado e criador Mário Schley, lá em Formigueiro, na região central do Estado).



Se achega o taura sereno / debaixo dum cinamomo
Bombeando o laneado em gomo / no pano verde do chão!
Parceiro – passe a tesoura / e o frasco de creolina
Lhes digo: darei sovina, / no lombo desse capão!
O bicho maneado – quieto / fica ofegante, bombeando,
O gaúcho se agachando / já de tesoura na mão.
Cuidado, chiru – la fresca... / “que baita lanho florou!”
Um prisco – somente um prisco / de novo a quietude reina
Quebrando no cric-crac / da tosa que continua.
Só para o campeiro destro / pra uns goles de mate manso
Cevado pela chirua!
E o cric-crac de novo... / é a tosa que continua!
Um... dois... três... – de lombo branco,
Vai se formando o rebanho.
Parece até que foi geada
- Retoca um piá maneador.
- Menino! – A tarde se foi / replica o peão tosador...
Talvez... sonhando co’o branco / com todo o rebanho branco
Contrastando co’a verdura, / do pampa... bordado em flor!


A figura do peão tosador – apesar das novas técnicas de tosa à máquina, ficará para sempre na memória do campeiro e, com toda certeza, num lugar de destaque na história do Rio Grande do Sul... a nossa terra!

 

 

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