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UM APELO AO BOM SENSO
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UM APELO AO BOM SENSO

UM APELO AO BOM SENSO

Esta semana foi tomada pelo assunto da permuta envolvendo o terreno do antigo Centro de Feiras por um Centro de Convenções e Eventos no Parque do Palácio. Escrevo essa coluna, após uma série de desdobramentos que culminaram, hoje, com a entrevista do Prefeito Constantino à Radio Clube.

Acompanho esta questão desde o final do ano passado quando, as pressas, o Paço Municipal enviou um pré-projeto para avaliação do Conselho Municipal do Plano Diretor, para a instalação de um Centro de Eventos na área frontal do Parque do Palácio.

No meu ponto de vista, aí começaram os problemas. É um projeto vago, sem detalhamento, sem consultar o trade turístico, nem as entidades que trabalhariam diretamente com este importante equipamento. Fala-se em permutar uma área por um centro de eventos, com preço fechado, sem sequer termos os detalhes do projeto, definidos por consenso entre quem entende de eventos e convenções.

Depois tivemos o projeto enviado a Câmara de Vereadores, em regime de urgência, para permuta da área do Centro de Feiras por um centro de eventos e convenções. A justificativa municipal constante no projeto, versa sobre um gravame na matrícula do imóvel do Parque do Palácio que determina a obrigatoriedade da construção do Centro de Eventos nesta área. Acontece que esse gravame data de 2010, ou seja, um projeto que é de 13 anos atrás. Em 2010 a cidade era outra. Não havíamos passado por uma pandemia, tampouco pela consolidação imobiliária as voltas do Parque do Palácio. Não havia por exemplo, sequer o sonho da transformação do antigo Laje de Pedra no Kempinski. Por fim, agora temos a negativa da imposição desta cláusula, por parte do Governo Estadual.

Escrevo essa introdução pois sou a favor da troca de áreas subutilizadas pelo poder público, por equipamentos e melhorias na cidade. Fui a favor do projeto de permuta da área do Cassino por um hospital, mas o governo parece não ter entendido os motivos pelos quais aquele projeto não foi para frente e repete o erro agora nessa questão.

Assim como neste projeto de Centro de Eventos, não havia um projeto detalhado de hospital, nem sequer um estudo sobre que tipo de equipamento seria necessário, pensando no crescimento da cidade e em suas mudanças.

Agora estamos requentando um projeto de 13 anos atrás, em um local que, tem todos os indícios de ser impróprio para tal empreendimento. Sob quaisquer aspectos que se examine, um Centro de Eventos naquele local parece inadequado. Seja por mobilidade, preservação da área verde, projeto, nada parece convergir para que aquele local seja o mais apropriado. Isso sem falar na condução da questão por parte da prefeitura.

Me parece que o Prefeito Constantino, neste caso, tem agido muito mais movido por uma questão pessoal com o parque e alguma pessoas, do que pelo espírito público que lhe é tão caro. Gostaria de ver, por parte prefeito, uma reflexão que levasse em consideração muito mais os argumentos lógicos, processados pelo seu cérebro, do que os impulsos e mágoas trazidos por todas as partes nesta questão.

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